POTENCIAL EDUCATIVO DO ACERVO DO MUSEU DE MORFOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

POTENCIAL EDUCATIVO DO ACERVO DO MUSEU DE MORFOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS 

Paulo Roberto de Souza1, Fabiana Ribeiro da Mata2, João Roberto da Mata2.

1Coordenador do Museu de Morfologia da UFG

2Docentes do Departamento de Morfologia da UFG  
 

      O acervo do Museu de Morfologia (MM) da Universidade Federal de Goiás surgiu como uma proposta do Departamento de Morfologia, do Instituto de Ciências Biológicas de empreender ações educativas para contemplar diversos segmentos da comunidade, além do alunado formal dos cursos de graduação (SOUZA, et al., 2008).  

      Estas ações consolidaram o Departamento de Morfologia, como uma unidade de ensino vinculada as atividades de extensão, uma vez que atende anualmente alunos do ensino fundamental e médio desde o ano de 1975. Durante todo este tempo, o acervo do MM tem servido como elemento promotor da socialização do conhecimento morfológico, ao mesmo tempo em que foi sendo acrescido pela constante incorporação de novas ao seu acervo. Atualmente o museu conta com mais de 400 peças  anatômicas humanas, conservadas por diversas técnicas e modelos artificiais em plástico ou resina acrílica. Estão expostos esqueletos humanos e de animais, preparados diafanizados, réplicas de órgãos obtidos através da injeção de látex e corrosão química, animais taxidermizados, coleções de fetos com  teratogêneses (mal-formações) ou com desenvolvimentos normais, gravuras humanas e animais inseridas no contexto do ensino das ciências morfológicas (De Souza et al., 2001).

      Através das ciências morfológicas no MM, se estuda a estrutura e o funcionamento dos organismos humano e animal. No aspecto humano, promove-se a divulgação do conhecimento objetivando formar e informar o visitante sobre o seu próprio corpo. Neste aspecto, o MM tem importância social, pois ao propiciar a oportunidade ao indivíduo, independentemente do seu nível sociocultural, de conhecer melhor o seu próprio corpo e de animais, se despertam para atitudes preservacionistas com reflexos na melhoria da saúde e na qualidade de vida.

      O desconhecimento de sobre si mesmo tem levado o homem à irresponsabilidade e ao descompromisso com a sua própria vida, com a de seus semelhantes e com a natureza que o rodeia. Nesse sentido os museus e centros de ciência têm oportunizado a inclusão sócio-educacional e assim vem ganhando visibilidade e apoio como conseqüência da sensibilização induzida na sociedade. O aumento desta receptividade é o resultado da compreensão de que a vida é um patrimônio e a saúde uma conquista a ser alcançada através do conhecimento e do compromisso de cada cidadão consigo próprio e com a interação construtiva e inadiável, com o ambiente com o qual se relaciona (RIBEIRO, 2005).

    Os museus são ambientes que proporcionam a comunicação, educação e difusão cultural para um público amplo e diversificado (VALENTE, et al., 1995). Nesse sentido o MM da UFG tem buscado oportunizar aos seus visitantes momentos de aprendizagem através da interação destes com o acervo museológico disponível e com a ação de educadores engajados no ato de difundir o conhecimento (FERREIRA et al., 1997; De SOUZA et al., 2001; SOUZA et al., 2008).

      Ao longo deste tempo, as ações educativas desenvolvidas no MM tem contribuído para a divulgação do conhecimento morfológico, a partir da visão dinâmica do corpo humano e dos animais. Portanto o MM tem sido uma oportunidade de inclusão para muitos cidadãos ao conhecimento do organismo humano, já que é um espaço aberto à comunidade, sem restrições ou pré-requisitos como por exemplo o de ser universitário.   

 

PARTE DO ACERVO DO MUSEU DE MORFOLOGIA DA UFG

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    NOTA INFORMATIVA

O Museu de Morfologia tradicionalmente desenvolve suas atividades, atendendo anualmente os Projetos: “Ações Educativa no Museu de Morfologia da UFG” e “Conhecendo a UFG”, sempre as sextas feiras, no período matutino, de março a novembro.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    De SOUZA, N.B.; MATA, J.R.; OLIVEIRA, K.M.; NOGUEIRA, D.J.; FERREIRA, J.R. . Extensão ou assistencialismo? Arena e atores dos programas institucionais de extensão em anatomia na Universidade Federal de Goiás. Arquivos da Apadec, Maringá, 5: 40-46, 2001.

    FERREIRA, JR; LUIZ, CR; MATA, JR; MIRANDA, DF; CARNEIRO, LB. O papel Educativo do Museu Didático. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, 3: 231-137, 1999.

    RIBEIRO MG. Museu de ciências morfológicas: um lugar diferente na Universidade Federal de Minas Gerais. História e Ciências da Saúde Manguinho. 12: 339-48, 2005

SOUZA, P.R.; MATA, F.R.; MATA, J.R. O Museu de Morfologia da Universidade Federal de Goiás. http://www.icb.ufg.br/?noticia=6851

    VALENTE, M.E.; CAZELLI S, A.F. Museus, ciência e educação: novos desafios. História e Ciências da Saúde Manguinho. 12: 183-203, 2005.